Mulheres gordinhas sofrem preconceito na igreja?




Há algum tempo uma polêmica foi levantada quando a cantora cristã Ana Paula Valadão declarou no meio de uma pregação que não entendia como alguns pastores conseguiam ser tão gordinhos, que se fizessem jejum poderiam perder alguns quilinhos de quebra.

Confusões e carta de desculpas da Ana Paula a parte, que também já declarou que já se submeteu à 1 lipoaspiração e que se arrependia, pois além de ter sofrido muitas dores pós cirúrgicas, também não estava contente com o resultado da cirurgia, pois seu corpo havia voltado ao que era antes. Cá para nós Ana Paula nunca foi gorda, nem chegou perto de ser e mesmo que seja 1 figura pública de grande exposição, o público que aprecia seu trabalho está mais preocupado em ouvi-la cantar ou pregar do que reparar se a barriga dela ficou flácida depois de 2 gestações .

Mas o foco não é a Ana Paula e sim a reflexão, se arrastamos a ditadura da beleza para dentro das igrejas. Sabemos que obesidade não é saudável para ninguém e muito menos magreza ou musculatura excessiva, o meio termo seria ideal. Mas como definir um meio termo se somos tão diferentes? Algumas altas, outras baixas, com curvas, sem curvas e assim vai. Pois bem, antes de qualquer coisa a grande questão é: você é feliz com o corpo que tem? Sua atual forma é saudável ou te traz malefícios? Essa deveria ser a base para qualquer estipulação de padrão estético, mas os métodos que nos ensinaram são totalmente diferentes. O que imputaram em nossas mentes é: Seja magra para caber nas roupas mais belas e seja gostosa para ir à praia ou para algum cara te desejar… e se você tiver a infelicidade de engordar vai ter que ser pelo menos muito bonita de rosto, simpática e de preferência mais inteligente e interessante que a média para deixar sua gordura passar desapercebida.

Resumindo, você tem que lutar desesperadamente de alguma forma – mental, emocional ou física para ser aceita pelas pessoas e principalmente pelo sexo oposto e é aí que o inimigo faz a festa, pois entramos em 1 bela crise de IDENTIDADE. Se não temos a certeza do amor de Deus e de como ele nos criou e para que fomos criados, essa pressão externa nos faz surtar a ponto de desenvolvermos neuras e distúrbios alimentares como bulimia, anorexia etc.

Mulheres gordinhas sofrem preconceito na igreja? SIM, mas é o mesmo preconceito que sofrem fora dela e principalmente se trabalham com algo relacionado à imagem. Olhando o cenário musical cristão atual, a maioria das cantoras é magra ou atlética, possui um rostinho bonito e já alterou a cor e formato de seus cabelos. É raro você encontrar alguma delas sem estar com os cabelos arrumados e algumas camadas de maquiagem. Quantas e quantas igrejas parecem mais um desfile de moda? Que as meninas ao invés de se prepararem espiritualmente para o culto orando e louvando, passam horas se produzindo para ir ao culto? Acho que Deus não está preocupado se estou com um salto 15 e de unhas pintadas com a última cor da moda.

Antes de buscarmos qualquer padrão estético devemos trabalhar com nossa auto- aceitação e principalmente nos aprofundarmos na aceitação e amor que Deus tem por nós. O corpo é templo do espírito santo e para servir a Deus precisamos estar SAUDÁVEIS, independente se nosso chamado envolve esforço físico ou não. Doentes não vamos a lugar algum e neuróticos muito menos!

A Palavra de Deus diz que mulheres devem se enfeitar, mas que a linha da vaidade é tênue. Cada vez que reclamamos de alguma parte de nosso corpo ou zombamos de alguém estamos virando para Deus e dizendo: Hey pai, olha que porcaria que você fez – eu rejeito isso.

Deus nos deu um corpo completo e riquíssimo, porém a manutenção do mesmo é responsabilidade nossa.

Você está feliz com o que vê no espelho? Você entende que Deus te ama como você é e só quer o melhor para você? Bata um papo com Deus e organize sua vida para seu corpo ser seu aliado e não seu inimigo.

Texto extraído do site Gospel Prime


http://artigos.gospelprime.com.br/mulheres-gordinhas-sofrem-preconceito-na-igreja/ 


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